Belém, capital do estado do Pará, é uma cidade de grande relevância histórica, cultural e econômica na região Norte do Brasil. Sua infraestrutura aeroportuária é representada pelo Aeroporto Internacional de Belém – Val-de-Cans, que opera voos nacionais e internacionais, sendo um dos principais portões de entrada da Amazônia. O turismo na cidade é impulsionado por atrativo naturais localizados na parte insular da cidade composta por 39 ilhas e nas unidades de conservação, a exemplo do Parque Estadual do Utinga e na Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu, oportunizando o contato direto com a rica biodiversidade amazônica. No aspecto cultural, destaca-se o complexo Feliz Lusitânia, onde estão localizados o Forte do Presépio, a Catedral da Sé o Museu de Arte Sacra e a Casa das Onze Janelas. Nas adjacências, a feira do Ver-o-Peso, uma das âncoras do abastecimento dos produtos gastronômicos regionais.
Aliás, a gastronomia é um dos diferencias da cidade de Belém. Cidade Criativa da UNESCO, nesse segmento, a capital do estado do Pará abriga um patrimônio imaterial construído a partir de produtos e hábitos alimentares de povos originários ancestrais. A planta mandioca, por exemplo, foi domesticada na Amazônia acerca de sete milênios. Posteriormente, a contribuição africana e portuguesa, além dos migrantes, deu os contornos da cozinha amazônica contemporânea.
Nesse contexto, a cidade de Belém é um laboratório a céu aberto para compreensão do processo de formação da gastronomia regional. A percepção das contingências territoriais e históricas e suas repercussões na constituição da culinária são pautas de reflexão no decorrer das sessões de trabalho do SIGA 2025. Uma inspiração para discutir o caráter regional da comida mundial e a questão da sustentabilidade como eixo para construção de sistemas alimentares comprometidos com o futuro do planeta.